A alma e o coração da baleia
Recebido no Grupo Professores Solidários
Não lembro quem enviou
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Não lembro quem enviou
Era uma vez um corvo muito bobo e convencido que voou para bem longe e foi parar no mar. Exatamente de tanto bater as asas, procurou um lugar para descansar, mas não avistou nenhum pedaço de terra no meio de toda aquela água.
- Vou morrer afogado! - Suspirou, já sem forças para continuar voando.
Nesse exato momento, uma enorme baleia subiu à tona, e o corvo, sem pensar duas vezes, mergulhou naquela bocarra aberta.
Foi parar na barriga da baleia, onde, para seu espanto, deparou-se com uma casa muito limpa e confortável, bem iluminada e quentinha.
Uma jovem estava sentada na cama, segurando uma vela acesa.
- Fique a vontade, - disse ela amavelmente - mas, por favor, nunca toque em minha vela.
O corvo, feliz da vida, prometeu que jamais faria tal coisa.
A moça parecia inquieta. A todo instante se levantava, ia até a porta e voltava a sentar na cama.
- Algum problema?, o corvo perguntou.
- Não...”, ela respondeu.
- É só a vida... A vida e o ar que se respira.
O corvo estava morrendo de curiosidade. Assim quando a jovem foi até a porta, resolveu tocar na vela para ver o que acontecia. E aconteceu que a moça caiu estatelada na sua frente e a luz se apagou.
O mal estava feito. A casa ficou fria e escura, o cheiro de gordura e sangue deixou o corvo enjoado. Inutilmente ele procurou a porta par sair dali e, cada vez mais nervoso, começou a se coçar de tal modo que arrancou todas as penas.
- Agora é que vou morrer congelado! - choramigou o corvo, tremendo até os ossos.
A moça era a alma da baleia, que a movimentava para a porta toda vez que enchia os pulmões de ar.
Seu coração era a vela acesa. Quando o corvo a tocou, a chama se extinguiu. Agora a baleia estava morta e guardava em seu interior o pássaro intrometido.
Depois de muito chorar e pensar, o corvo finalmente conseguiu sair das escuras entranhas e sentou no dorso daquele imenso defunto. Ensebado, sujo, depenado, era uma tristíssima figura.
A baleia morta ficou flutuando no mar até que desabou uma tempestade e as ondas a empurraram para a praia. Quando a chuva parou, alguns pescadores saíram para trabalhar e viram a baleia. O corvo também os viu e se transformou num homenzinho feio e estropiado. Então, em vez de confessar que se intrometera onde não fora chamado e destruíra algo de belo que não conseguia compreender, pôs-se a gritar:
- Eu matei a baleia! Matei a baleia!
E foi dessa forma se tornou um grande homem.
História de esquimó – Volta ao mundo em 52 histórias – Neil Philip – Companhia das Letrinhas
Dados para o professor(a)
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO: IDENTIFICAÇÃO DA CAUSA DE UM FATO
1º) Leia a frase abaixo.
“Vou morrer afogado”, suspirou.
Dê a causa do fato acima.
Resposta.
O corvo já estava cansado de tanto voar e não avistar um pedaço de terra para pousar.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO: IDENTIFICAÇÃO DE FATOS QUE COMPROVAM REAÇÕES REALIZADAS PELA PERSONAGEM
2º) Diante de determinados fatos, o personagem teve diferentes reações.
Complete o quadro abaixo, identificando os fatos que provocaram cada uma destas reações.
REAÇÕES FATO
Espanto
Resposta.
A barriga da baleia era um lugar limpo, iluminado, confortável e quentinho.
Curiosidade
Resposta.
A jovem moça segurar uma vela acesa.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
3º) Transcreva do texto, o fato que ajudou o personagem a resolver o problema que estava enfrentando.
Resposta.
“Nesse exato momento, uma enorme baleia subiu à terra, e o corvo, sem pensar duas vezes, mergulhou naquela bocarra aberta.”
O mal estava feito. A casa ficou fria e escura.
5º) Escreva a importância da moça e da vela acesa na vida da baleia.
Resposta: A moça era a alma da baleia. Seu coração era a lanterna acesa. “Aspectos” vitais para a sobrevivência de um ser.
05. Leia o trecho abaixo:
CAÇAR PARA VIVER
“A carne e outros produtos da baleia são muito importantes para os esquimós, que admiram e respeitam qualquer pessoa que consiga matar esse animal.”
O trecho acima justifica o final da história? Por quê?
Resposta.
O trecho acima justifica o término da história, mostrando porque o “homenzinho” passou a ser um herói. Mesmo matando uma baleia.
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