Olá, fico feliz quando você vem aqui.

Desenvolvo este blog para que as colegas possam aproveitar as atividades aqui contidas na sua prática pedagógica diária. Muitas são de minha autoria, outras tantas retirei no Grupo Professores Solidários, Internet e de outras fontes.

Atualmente, aproveito ótimas atividades que colegas postam no grupo "Educando e Aprendendo" que fundei juntamente com Flávia Cárias e Sheila Mendes, para ser mais um veículo de comunicação para quem se dedica à importante Arte de Educar.

Se alguém encontrar algo que seja seu, deixe um recadinho que faço questão de lhe atribuir os devidos créditos.

Beijão da Tia Paula

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sábado, 25 de junho de 2011

Música para crianças pequenas - Postado por BabyCenter Brasil


Aprovado pelo Conselho Médico do BabyCenter Brasil


Como a música pode ajudar meu filho?

Bebês e crianças pequenas, de 1 a 3 anos, têm muito a ganhar ouvindo música. É divertido e estimula o movimento, o que é importante para os pequenos desenvolverem habilidades físicas e coordenação motora. Crianças aprendem se movimentando.

A música também ajuda a fortalecer seu vínculo com seu filho, pois ele vai adorar ver você dançar ou cantar. Imagine só a alegria que vocês vão compartilhar dançando ao som de melodias suaves, ou como ele vai se divertir pulando com músicas mais enérgicas.

Não há provas científicas de que crianças expostas à música desde cedo fiquem mais inteligentes, como se chegou a acreditar. Mas há muitos outros benefícios.

Que tipo de música é melhor para o meu filho?

Deixe seu filho escutar o que ele gostar. Experimente suas próprias músicas favoritas. Não é porque ele é criança que só pode ouvir música de criança. Teste música erudita, samba, rock, o que quiser. Qualquer opção com uma boa melodia ou uma batida interessante funciona -- mas músicas lentas podem funcionar melhor na hora de dormir.

De manhã, toque música clássica (experimente algo bem alegre, como um concerto para piano de Chopin ou "As Quatro Estações", de Vivaldi), para ele acordar com o astral leve e para cima.

Crianças mais velhas podem gostar ainda de músicas com letras que consigam acompanhar. Há muita coisa boa no mercado de música infantil. Músicas de adulto que tenham letras interessantes ou engraçadas também façam sucesso.

Na hora de escolher a música, pense em algo simples e alegre. Talvez você prefira ficar longe de rock, grunge ou rap, mas tudo depende de cada família.

As seleções musicais não precisam ser só gravadas. Cante você, de vez em quando. Músicas com trocadilhos, como "O sapo não lava o pé", são divertidas, assim como as com gestos. Se seu repertório está meio enferrujado, pergunte na escola que música as crianças gostam de cantar, ou então em uma loja de CDs.

Tocar um instrumento musical ajuda a criança?

Sim, se a criança tiver pelo menos 3 anos. É quando os circuitos do cérebro necessários para o aprendizado de música começam a amadurecer. Estudos sugerem que aulas de música beneficiam o cérebro. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia em Irvine mostra que crianças de 3 e 4 anos que estudavam piano se saíram melhor em testes que mediram seu raciocínio espacial e temporal (a capacidade de pensar no espaço e no tempo) do que as que não estudavam o instrumento.

O autor do estudo, Gordon Shaw, diz que essas crianças podem até aprender a decifrar problemas matemáticos complexos mais cedo do que outros que não tiveram treinamento musical. O piano é um bom instrumento para começar, diz Shaw, porque as crianças não precisam ser boas em um dedilhado especial, como acontece com o violão ou violino.

Além disso, a progressão linear das teclas do piano ajuda a entender o conceito de escala musical.

Outro estudo sugere que aulas de música aguçam o cérebro, mas a pesquisa foi feita com crianças mais velhas. Cientistas da Universidade Chinesa em Hong Kong publicaram um estudo na revista "Nature" afirmando que crianças que estudaram música por pelo menos seis anos, antes de completar 12 anos, aprenderam mais palavras do que as outras.

Martin Gardiner, da Escola de Música de Providence, em Rhode Island (EUA), examinou o efeito das aulas de música e de arte em um grupo de crianças de 5 a 7 anos que eram consideradas "atrasadas". De acordo com a revista "The Economist", após sete meses de aulas, o grupo passou por um teste de leitura, escrita e matemática e mostrou que havia alcançado os outros amiguinhos em leitura e escrita e que os havia ultrapassado em matemática.

Atenção aos limites

Deixe a música ser uma parte integral da vida de seu filho, mas não tente transformá-lo em um gênio musical. Crianças-prodígio, como Mozart, que escreveu sua primeira sinfonia aos 8 anos de idade, são raras.

Se você oferecer ao seu filho a chance de viver cercado de música, variando os estilos, ele provavelmente será uma pessoa que gostará de todo tipo de música, o que já é grande coisa.

Encoraje-o a aprender um instrumento musical, mas não force. Deixe-o curtir. É um processo de enriquecimento. O importante é manter a música presente. Quando você expõe uma criança à cultura, ela adquire um gosto pelas coisas da vida que proporcionam bem-estar e satisfação -- como a música.

É melhor não deixar seu filho usar fones de ouvido. A audição dele é preciosa. Na adolescência têm sido muito frequentes as lesões auditivas sérias e definitivas pelo uso de fones de ouvido em volume elevado.

Fones de ouvido só devem ser permitidos a partir dos 7 ou 8 anos de idade, e mesmo assim se a criança obedecer aos pais e não exagerar no volume. Se outra pessoa consegue ouvir qualquer som, que não a que está com os fones, é porque o volume está muito alto.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Marcos do desenvolvimento: Compreensão de palavras, comportamentos e conceitos - Escrito para o BabyCenter Brasil


Aprovado pelo Conselho Médico do BabyCenter Brasil

Compreensão de palavras, comportamentos e conceitos

 
Recém-nascidos são como estrangeiros que acabaram de chegar ao país: não falam nossa língua nem entendem direito o que estamos dizendo. Mas eles aprendem rápido. Pesquisas mostram que os bebês começam a ouvir a voz dos pais já no útero. Quando nascem, começam a prestar atenção nas palavras e nos padrões das frases para descobrir o que as pessoas estão dizendo. Também usam seu poder de observação para aprender coisas mais complexas sobre o mundo físico e emocional, como amor, confiança, tempo e o fenômeno de causa e efeito.

Quando se desenvolve

 
Seu filho começa a tentar entender o que os outros estão falando e fazendo mesmo quando ainda está na barriga. No começo, ele não sabe o significado das palavras que você usa, mas capta suas emoções (como amor, preocupação, ansiedade e raiva). Quando chega aos 4 meses, reconhece seu próprio nome, e entre os 8 e os 12 meses já entende ordens simples, como "Não" e "Tira a mão". Depois dos 2 anos de idade começa a conseguir cumprir determinações em duas etapas, como "Vá até a cozinha e pegue seu sapato". Aos 3 anos, ele terá um vocabulário de algumas centenas de palavras e uma boa idéia dos aspectos mais complicados do cotidiano, como as tarefas básicas de comprar e fazer comida, trabalhar, limpar a casa, além de certa noção de horário.

Como se desenvolve

Recém-nascido a 1 mês

A cada minuto que passam acordados, os bebês absorvem informação sobre o mundo à sua volta, empregando os sentidos para descobrir o que está acontecendo no ambiente em que vivem. Não possuem os dados que os adultos e as crianças mais velhas costumam usar para entender as coisas. Muitos especialistas afirmam que os bebês entendem bem mais do que os pais imaginam.

Os bebês mantêm uma sintonia emocional com as pessoas que os cercam, pois essa é uma de suas armas para sobreviver. Por isso, percebem o que você está sentindo e pensando pelo tom da sua voz, pelo movimento da sua boca, pelo ritmo da sua respiração, pela sua pele e até pelo brilho no seu olhar. Seu filho cria uma versão da realidade a partir do modo como você responde a ele -- quando ele chora, você o conforta; quando ele tem fome, você o alimenta. À medida que a coordenação motora do bebê se aperfeiçoa, que sua memória fica mais aguçada, que ele consegue manter a concentração por mais tempo e que suas habilidades sociais ficam mais refinadas, ele também entende melhor as coisas.

De 2 a 3 meses

Seu bebê continua a absorver todas as informações que o cercam. Sua atividade favorita é observar o que acontece em seu ambiente, e agora ele já entende que você o acalma, o alimenta e brinca com ele sempre que ele precisa de você. O primeiro sorriso de verdade aparece nessa fase, e ele percebe que é uma maneira de demonstrar a você que ele está satisfeito. Ele vai gostar da reação que provoca ao sorrir. Com 3 meses, ele não só vai sorrir como vai começar a emitir sons, dando início a uma forma de conversa primitiva com você.

De 4 a 7 meses

A criança passa a saber seu próprio nome e a entender quando está sendo chamada. Talvez até responda, virando-se para você. Também está mais sintonizada com o tom da sua voz. Quando sua fala é amistosa, ela reage com alegria, mas, se você fala sério demais, pode até chorar. Está começando a perceber a diferença entre os estranhos e os rostos conhecidos, e talvez chore se for para o colo de alguém que não reconheça.

De 8 a 12 meses

Seu bebê está começando a entender ordens simples. Se você disser "Não" quando ele tentar pôr a mão na tomada, por exemplo, ele vai parar e olhar para você -- talvez até balance a cabeça fazendo "não". Também está testando sua reação ao que ele faz. Pode jogar a comida no chão só para ver o que você vai fazer, e depois guarda sua reação na memória. Mais tarde ele fará novos testes, para ver se você reage do mesmo jeito.

De 1 ano a 1 ano e meio

Com 1 ano e meio, seu bebê provavelmente já é capaz de entender e usar pelo menos 50 palavras. E conseguirá seguir instruções, mesmo que elas envolvam duas ações -- por exemplo: "Recolha os bloquinhos e ponha na caixa".

De 1 ano e meio a 2 anos

Seu filho começa a compreender que as necessidades dele nem sempre combinam com as suas. Vai tentar se impor -- cruzando os braços decidido quando você tentar dar a mão para ele, por exemplo. Também passa a entender conceitos como espaço e dimensão. Provavelmente já consegue montar um quebra-cabeça simples, e sabe a diferença entre um triângulo e um quadrado, sendo capaz de encaixá-los numa forma vazada.

Também está entendendo o fenômeno de causa e efeito -- sabe que quando aperta a barriga do bichinho de pelúcia, por exemplo, ele toca música.

Essa nova habilidade será bem útil quando ele estiver pronto para largar a fralda (o que ainda deve demorar mais alguns meses).

De 2 a 3 anos

Nessa fase seu filho já entende bastante bem a língua. Especialistas em desenvolvimento afirmam que a maioria das crianças de 2 anos compreende no mínimo 150 palavras, e que dez novas palavras são acrescentadas todo dia ao seu vocabulário. Como a aquisição da linguagem virou uma coisa natural para ele, seu filho pode agora se concentrar em conceitos mais complexos, que envolvam as emoções.

Entre os 2 e 3 anos, a criança passa a compreender os elementos básicos que compõem os relacionamentos: amor e confiança. Ele sabe que você e o resto da família cuidam dele e que estão ao lado dele. Apreendeu esses conceitos tão importantes pela maneira como você o tratou nos primeiros anos de vida. O fato de você ter cercado seu filho de carinho, atendido a suas necessidades e zelado por sua segurança o ajudou a se tornar uma criança confiante e otimista.

Ele está começando a entender aspectos mais complicados da vida cotidiana, só de assistir ao que você faz no dia-a-dia. Além disso, percebe como deve tratar as outras pessoas (também ao observar suas atitudes). O modo mais fácil de garantir que ele se torne uma pessoa solidária e íntegra é prestar atenção no modo como você trata os outros -- especialmente seu próprio filho.

O que vem pela frente

 
O número de palavras que seu filho é capaz de entender aumenta rápido. Aos 6 anos, a maioria das crianças tem um vocabulário de quase 13 mil palavras. Nos próximos anos, ele vai começar a compreender situações e idéias cada vez mais complexas, como os princípios da matemática, distinguir o certo do errado e conceitos como o futuro.

O que você pode fazer

 
Se você conversar e ler para o seu filho, vai ajudá-lo a adquirir bons recursos de comunicação. Em geral, a compreensão da palavra vem antes de a criança ser capaz de pronunciá-la.

Brincar com a criança a ajuda a aprender sobre como funciona o mundo. Desafie-a com brinquedos adequados à sua faixa etária e com jogos que estimulem seu desenvolvimento físico e mental. Aproveite-se da curiosidade dela para mostrar que aprender é prazeroso, bom e gostoso. Gostar de aprender só vai fazer bem para ela.

Demonstrar afeto pela criança é a melhor maneira de ensiná-la da importância de conceitos emocionais como a empatia.

Quando se preocupar

 
Se, com 3 anos, seu filho parece ter dificuldade para entender as instruções e sugestões mais simples, fale com o pediatra. Outro motivo para conversar com ele é se a criança ficar genuinamente perplexa quando você lhe pede que faça alguma tarefa simples. Se você tiver mostrado inúmeras vezes ao seu filho como se abre uma caixa, mas mesmo assim ele não conseguir entender o que deve fazer, por exemplo, ele pode estar com algum tipo de atraso cognitivo.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Principais erros na hora de dormir - copiado de BabyCenter do Brasil

Escrito para o BabyCenter Brasil

Fazer com que o filho durma bem -- e a noite inteira -- é uma das tarefas mais difíceis que pais e mães enfrentam. Porque não se trata de fazer a criança dormir, e sim ensiná-la que dormir é bom e gostoso, e que ela é capaz de adormecer sozinha, sem a ajuda de ninguém. 

Até aquelas crianças que dormem bem às vezes passam por períodos de crise. Estima-se que até 40 por cento das crianças enfrentem dificuldades para dormir. 

Os especialistas do BabyCenter identificaram os seis maiores erros que os pais cometem na hora de pôr os filhos na cama. A boa notícia é que todos esses problemas são solucionáveis. Mudanças simples na rotina fazem uma diferença enorme para corrigir os vícios de sono mais comuns. 

Quando você conseguir, vai ver que seu filho ficará muito mais tranquilo, e, mais importante, a vida da família inteira vai mudar para melhor. E um aviso: há recaídas pelo caminho. Uma doença, uma viagem, uma mudança de hábitos já atrapalha tudo o que foi conquistado. Mas é só começar a corrigir os erros de novo que tudo vai dar certo e voltar ao normal. 

Erro 1: pôr a criança na cama muito tarde 

Hoje em dia as crianças dormem menos do que antigamente. Um estudo mostrou que crianças de 2 anos dormem hoje 40 minutos a menos, em média, que crianças da mesma idade da geração anterior. O resultado da falta de sono, segundo estudiosos, é que as crianças acordam mais à noite, têm dificuldade para adormecer e para dormir durante o dia. 

É muito comum que os pais cheguem do trabalho tarde, e deixem a criança ir para a cama mais tarde para poder passar mais tempo com ela. Ou que a criança não tenha horários certos para dormir. 

A especialista Jill Spivack, autora de um livro sobre como fazer crianças de até 5 anos dormirem bem ("The sleepeasy solution"), afirma: "Quando elas ficam cansadas demais, têm mais dificuldade de pegar no sono e de dormir um sono tranquilo; também acordam mais cedo". 

Quando a criança é mais velha, a culpa é muitas vezes da agenda superocupada. Você conhece a história: até todo mundo chegar em casa, jantar, fazer lição de casa etc., a hora de dormir acaba se atrasando mais e mais. E você acaba deixando, na esperança de que alguma hora as crianças acabem desmaiando de sono sem você ter de interferir. 

Só que o plano não dá certo, pois, quando estão cansadas demais, as crianças ficam hiperativas. 

Solução: Marque uma hora para a criança ir para a cama (e também para o sono de durante o dia) e siga esse horário. Não espere até ver seu filho bocejando, choramingando ou esfregando os olhos. Aí provavelmente ele já passou do ponto. Coloque-o na cama antes disso. Até 15 ou 20 minutos de sono a mais podem fazer uma bela diferença. 

É verdade que cada criança é diferente, mas vai uma regra geral: bebês e crianças de até 3 anos normalmente precisam dormir 11 horas à noite. Quando deixam de dormir durante o dia, as crianças precisam de 12 horas, e quando ficam mais velhas podem dormir de 10 a 11 horas. 

Consulte nossa tabela, calcule a hora em que seu filho precisa acordar (ou acorda de qualquer jeito, se for madrugador) e baixe um decreto marcando a hora de ir para a cama. É bom planejar começar o processo cerca de meia hora antes. 

Erro 2: apelar para o movimento 

É difícil não sucumbir a esse truque quando o bebê é pequeno. Ele não dorme de jeito nenhum: você coloca no carrinho, balança no colo, caminha com ele pela casa e pronto, a paz voltou a reinar. 

Não há problema em recorrer ao balanço e ao movimento como um dos últimos recursos, em situação de emergência, mas alguns pais e mães acabam caindo na armadilha de usar sempre a mesma estratégia para fazer a criança dormir. 

"Quando a criança sempre dorme em movimento -- em carrinhos ou no carro --, ela não chega a ter aquele sono mais profundo e restaurador", diz o pediatra Marc Weissbluth, também autor de um livro sobre o assunto ("Healthy sleep habits, happy child"). Pense na qualidade do seusono quando está no ônibus, ou no avião. 

Solução: Use o movimento e o balanço para acalmar a criança, mas não para fazê-la dormir. E, se não tiver jeito, procure completar o sono sem o balanço: estacione o carrinho, desligue o balanço do bebê-conforto. Se a viagem de carro for comprida, porém, desencane. É uma vez na vida e não vai haver problema nenhum. Aproveite e aprecie o silêncio! 

Erro 3: excesso de estímulos 

Veja o móbile do berço, por exemplo: às vezes, em vez de acalmar e distrair a criança, ele a acorda ainda mais. Cuidado com sons altos e cores muito intensas. Para crianças maiores, é bom tirar o excesso de brinquedos da cama ou do berço. 

Solução: Mantenha o quarto bem escuro, e elimine tudo o que chame a atenção da criança na hora de dormir. Para bebês, numa escala de 1 a 10, sendo 10 o mais escuro, o quarto deve estar no 8 ou no 9, diz Spivack. 

Para crianças mais velhas, é possível manter uma luz no quarto, para afastar osmedos, mas que não seja suficiente para outras brincadeiras. Por isso também é melhor não manter a TV ou o computador no quarto da criança. 

Erro 4: não seguir um ritual na hora de dormir 

Com um bebê, é mais fácil seguir a mesma rotina todo dia: um banho, alimentação, uma história ou uma música. Mesmo que você ache que a criança ainda não entenda, a previsibilidade da rotina ajuda a acalmá-la. 

Muitas vezes, os pais acabam abandonando esse tipo de rotina quando os filhos ficam maiorzinhos (ou porque acham que a criança não precisa mais ou porque simplesmente estão exaustos demais para pensar nisso). Mas até para os adultos a instalação da rotina é positiva. 

Solução:: Criar um ritual para a hora de dormir 

Não importa a idade da criança. O ritual ajuda a dar "pistas" a ela de que é hora de começar a sossegar. 

Consulte nossas idéias para rituais para bebês e para crianças de 1 a 3 anos. 

Erro 5: fazer as coisas cada dia de um jeito 

Alguns dias por semana, quando seu filho está bem manhoso, você se deita com ele até ele adormecer. Outros, deixa que ele pegue no sono no sofá da sala, assistindo à TV. E de vez em quando, obriga-o a dormir sozinho no quarto, reclame o quanto reclamar. 

O problema não é o método, mas a inconstância. Pode ser até que você não se incomode de dormir no quarto dele, ou de tê-lo na sua cama a noite toda, mas na maioria das vezes os pais acabam presos numa situação que não teriam planejado se tivessem a opção. 

Você conhece bem a situação. Uma hora da manhã. A criança chora, você vai até o quarto, espera ela se acalmar e volta para a cama. Uma hora depois, a mesma coisa. Da próxima vez, lá pelas 3h, você não aguenta e a leva para sua cama, para que ela finalmente durma. Nesse caso, a mensagem que você está passando para o seu filho é: insista bastante, que você vai acabar conseguindo o que quer. 

Solução: Criar regras sobre o lugar de dormir. 

Se você não quer que seu filho vá todo dia para sua cama, deixe isso bem claro. Explique que ele tem de dormir na cama dele. No começo, talvez você precise levá-lo de volta algumas vezes (ou muitas!). Mas não desista. Ele vai acabar absorvendo a regra. 

É claro que há exceções. Se ele está doente, ou há uma tempestade lá fora, você pode deixá-lo ficar um pouco na sua cama, ou num colchão no seu quarto. Mas, assim que a situação extraordinária acabar, retome a rotina e explique que ele tem de dormir na cama dele. 

Erro 6: passar do berço para a cama antes da hora 

Seu filho completa 2 anos, e a família toda fica feliz e empolgada para mudar o quarto dele e colocá-lo numa cama para crianças grandes. Só que, logo depois da mudança, ele começa a acordar no meio da noite, ou se recusa a adormecer. 

Há muitas crianças que, até os 3 anos, ainda não estão prontas para deixar a segurança do berço para trás. 

Solução: Esperar até a criança estar pronta para deixar o berço. 

Perto dos 3 anos, pode ser que seu filho esteja ficando pronto para ir para a cama. Cada criança tem seu ritmo. Leia nosso artigo sobre essa transição e lembre-se de que ela não precisa ser definitiva. Você pode colocar a cama no quarto por um tempo, até a criança se acostumar, ou então deixar um colchão no chão para sonecas da tarde. 

É mais ou menos como o desfraldamento. Às vezes voltar atrás é a melhor solução. Voltar para o berço não é uma tragédia. Por mais que adore o berço, não há nenhuma chance de ele ficar até os 10 anos nele...

sábado, 28 de maio de 2011

O sono do bebê - postado em babycenter.com

Como criar bons hábitos para dormir: 6 a 9 meses

Escrito para o BabyCenter Brasil
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Sono típico desta idade 

Os bebês desta faixa etária precisam de cerca de 14 horas de sono por dia e já conseguem dormir até sete horas por vez. Caso seu filho durma mais que isso, ele provavelmente chega a acordar, mas acaba pegando no sono de novo sozinho -- um sinal de que está no bom caminho para dormir bem. Os bebês ainda tiram sonecas de uma hora e meia ou duas horas algumas vezes por dia, geralmente de manhã e à tarde. Procure manter horários regulares para essas sonecas, assim como para a hora de dormir à noite. 

Como ajudar seu filho a dormir 

Veja a seguir algumas dicas para auxiliar seu filho a dormir bem durante a noite: 

Estabeleça e siga com rigor uma rotina para a hora de dormir. 
Você provavelmente até já tem algum tipo de ritual para a hora de dormir, porém, nesta idade, seu filho começa de fato a participar dele. 
A rotina pode incluir um banho, uma brincadeira mais tranquila, a leitura de uma história ou uma canção de ninar, mas o importante é que você siga a mesma ordem e horário todos os dias. Seu filho vai gostar da repetição da rotina, que, além de tudo, sinalizará para ele que a hora de dormir está chegando. Tente acostumá-lo a ouvir uma história só, ou um número predeterminado, para que você não acabe tendo que passar duas horas no quarto com ele! 

Mantenha uma rotina no dia-a-dia que inclua horários de soneca e de dormir à noite. 
Horários regulares ajudam tanto o bebê quanto você -- o que não quer dizer que ele tem que almoçar pontualmente às 11h30, mas sim que o horário do almoço tem que ser, mais ou menos, previsível todos os dias. Se tirar uma soneca, almoçar, brincar e se preparar para dormir sempre no mesmo horário, a criança tem maiores chances de adormecer à noite com facilidade. 

Deixe seu filho adormecer sozinho. 
Se você deseja que o bebê durma a noite inteira sem chamar ninguém, ele precisa aprender a adormecer por conta própria. Coloque-o no berço antes que esteja dormindo de fato, e tente não deixar que dependa de colo ou de uma mamada para dormir. Se ele chorar, a escolha é sua: a maioria dos especialistas aconselha a esperar pelo menos alguns minutos para ter certeza de que a criança realmente precisa de você. Confira outros métodos de lidar com problemas na hora de dormir abaixo. 

Possíveis dificuldades 

Bebês que nunca tiveram problemas para dormir podem, de repente, começar a acordar no meio da noite ou a ter dificuldade para pegar no sono nesta idade. Por que isso ocorre? As dificuldades envolvendo a hora de dormir costumam aparecer junto com a chamada ansiedade da separação -- a criança acorda, sente sua falta e se preocupa que você talvez não volte mais. 

Elas também podem estar ligadas a importantes marcos de desenvolvimento cognitivo e motor do bebê. Nesta fase, seu filho está aprendendo a sentar, virar de um lado para o outro, engatinhar e, possivelmente, até se apoiar nas grades do berço para ficar de pé. Assim, não é de surpreender que ele não queira parar de treinar as novidades mesmo na hora de dormir, e que até acorde para tentar sentar de novo. 

O que pode acontecer é que a criança sente e depois não consiga voltar à posição inicial, o que a fará chorar por ajuda. Você tem que ensiná-la a deitar de novo, se acalmar e dormir. A maior parte dos especialistas aceita que a mãe volte ao quarto para verificar se está tudo bem, mas o que fazer depois varia muito. 

Observação: Esta fase de desenvolvimento não equivale a um estirão de crescimento, por isso mamadas no meio da noite não ajudarão a melhorar o sono do seu filho; elas, pelo contrário, podem prolongar e até agravar o problema. Por mais que pareça que ele está com fome, comer no meio da noite é mais um hábito que uma necessidade. O bebê pode ter gases ou precisar fazer cocô, por exemplo, o que atrapalha o sono. Converse com seu pediatra para receber mais orientações para o caso do seu filho. 

Dica de um especialista em sono: "Se você costuma pôr seu filho para dormir por volta das 20h30 e, de repente, ele começa a acordar no meio da noite, tente adiantar o horário do sono em meia hora. Por incrível que pareça, funciona." 

Algumas estratégias em relação a problemas para dormir 

O que fazer quando seu filho não pára de acordar durante a noite (e você sabe que ele já tem idade para dormir a noite toda)? O primeiro passo é ensiná-lo a ficar bem sozinho -- seja chupando o dedo ou segurando uma fraldinha ou um bichinho. Nesta etapa, a criança tem condições de se acalmar por conta própria, embora você por vezes tenha que ajudá-la a desenvolver técnicas para isso. A maioria dos especialistas concorda que se deve evitar a dependência de certas condições externas à criança para dormir, como música, luz ou comida. Caso contrário, esses elementos se tornarão essenciais todas as vezes que o bebê acordar à noite. 

E se você põe o bebê acordado no berço e ele começa a chorar? Há várias técnicas para fazê-lo dormir. Uma linha defende que um dos pais fale com a criança, dizendo que está tudo bem e que é hora de dormir, e saia do quarto, mesmo que ela continue chorando. Depois de alguns minutos, volta-se ao quarto para tranquilizar o bebê, mas de novo sem pegá-lo no colo. Os intervalos vão aumentando gradativamente, até que a criança finalmente durma. É o chamado método do deixar chorar. O outro extremo propõe que um dos pais fique com o bebê até ele dormir, transmitindo-lhe toda a segurança de que precisa. Há várias gradações entre essas duas estratégias. O mais importante é manter a regularidade e agir todo dia do mesmo jeito, para que a criança saiba o que esperar. 

A verdade é que não há um jeito "certo" de fazer seu filho dormir a noite toda. Você tem que escolher um método que se ajuste à maneira de ser de sua família e seja confortável para o seu coração de mãe. Nem todo mundo aguenta ouvir o filho chorar; por outro lado, os hábitos de sono da criança podem estar desestabilizando a família inteira. Os métodos costumam funcionar, depois de algum tempo, mas cada bebê é diferente. Além disso, o "treinamento" não é definitivo: uma mudança de rotina por viagem ou doença, por exemplo, pode levar a situação à estaca zero, e o treino tem de recomeçar.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Atividades para os pequeninos

A MÚSICA DOS NOMES
IDADE: A partir de 4 meses.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades, pátio ou jardim.
OBJETIVOS: Reconhecer o próprio nome e reforçar o vínculo com o educador.
Escolha uma música na qual você possa incluir o nome das crianças. Alguns exemplos: “Se Eu Fosse um Peixinho”, “A Canoa Virou”, “Ciranda, Cirandinha” e “Fui ao Itororó”. Reúna a turma em um local agradável e cante. Os bebês também podem participar, já que a intenção é fazer com que se familiarizem com os nomes. Aos que já andam, sugira uma roda, que vai se formando com aqueles que ouvem o próprio nome.

TEATRO DE BONECOS
IDADE: A partir de 1 ano e meio.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades, pátio ou biblioteca.
MATERIAL: Fantoches ou dedoches.
OBJETIVO: Conhecer a rotina da escola enquanto conversa com os personagens.
Sente-se com as crianças no chão e faça os bonecos “conversarem” com cada uma. Você pode fazer perguntas como:
- Quem trouxe você para a escola hoje?
- Você tem amigos? Quem são?
- Você já brincou no parque?
- Você já tomou lanche?

MAMÃE TEM CARTINHA PRA VOCÊ
IDADE: A partir de 2 anos.
TEMPO: Uma hora.
ESPAÇO: Sala de atividades.
MATERIAL:Canetas hidrográficas, papel e envelopes.
OBJETIVOS: Tranqüilizar-se quanto aos sentimentos de adaptação (exemplo: tristeza) e compartilhar com os pais as atividades escolares.
Distribua uma folha de papel e canetas hidrográficas para cada criança e peça que faça uma cartinha aos pais. Quando todas terminarem os desenhos, chame uma por uma e pergunte a quem a mensagem é endereçada e o que ela deseja comunicar.
Escreva o que a criança disser na mesma folha usada por ela. É importante perguntar se ela quer entregar a carta à pessoa apontada. Em caso positivo, coloque-a em um envelope e oriente a criança a entregá-la ao chegar em casa. Caso contrário,
guarde o desenho com as demais atividades






(AGRESSIVIDADE) LIBERANDO AS ENERGIAS

Mordidas, tapas, puxões de cabelo... Até os 3 anos de idade, é comum a criança expressar seus desejos e frustrações com atitudes que não são lá muito delicadas. Cabe ao adulto mostrar que há outras formas de se relacionar com o mundo. Oferecer às crianças um ambiente tranqüilo e acolhedor é o primeiro passo para diminuir a agressividade natural nessa fase: quanto maior o bem-estar, menor a necessidade de se expressar agressivamente.

CUIDADO COM A BONECA
IDADE: De 1 a 3 anos.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO:Sala de atividades.
MATERIAL: Bonecas, roupinhas de boneca, retalhos de tecido, mamadeiras e chupetas.
OBJETIVOS: Brincar de faz-de-conta durante o jogo simbólico; tocar o colega; e ter um bom relacionamento com o grupo.
Esta brincadeira é para meninos e meninas, pois tem o objetivo de desenvolver o relacionamento interpessoal, promovendo atitudes de cuidado e carinho com o outro –necessidades que são comuns a todos, independentemente do sexo. Isso vai se dar no faz-de-conta, momento que a criança aprende sobre as interações sociais. Por isso, é importante ter seu espaço garantido e valorizado na rotina. Proponha que cada um pegue uma boneca e cuide dela como se fosse sua filha. Os pequenos devem dar banho, trocar fralda e fazer carinho.

CHUVINHA DE PAPEL
IDADE: De 8 meses a 3 anos.
TEMPO: De 15 a 30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades.
MATERIAL:Revistas e jornais velhos.
OBJETIVOS: Relaxar de forma ativa (e não apenas em posição de repouso) e interagir de maneira lúdica com o educador e os colegas.
Sente-se com a turma no chão, em torno de uma pilha de revistas e jornais velhos. Deixe que todos manipulem e rasguem as páginas livremente. Junte os papéis picados num monte e jogue tudo para o alto. Vai ser uma festa! Depois, o papel picado pode ser aproveitado em colagens ou modelagem de bonecos.

PAPAI VEIO BRINCAR
IDADE: De 3 meses a 1 ano.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala ampla.
MATERIAL: Aparelho de som, CDs ou fitas cassete com músicas infantis, bolas, fantoches e panos coloridos.
OBJETIVO: Interagir ludicamente com os pais por meio da brincadeira.
PREPARAÇÃO: Decore o ambiente com os panos.
Coloque uma música e peça para o pai ou a mãe se sentar no chão com o filho. Você pode conduzir as brincadeiras, como rolar uma bola para a criança ou brincar com um fantoche, apresentando possibilidades de interação. Os pais se inspiram em você ou criam brincadeiras.

JOGO DAS EXPRESSÕES
IDADE:De 2 a 3 anos.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades.
MATERIAL: Cartolina, pincéis atômicos ou tinta.
OBJETIVOS: Nomear os sentimentos e conversar sobre suas possíveis causas.
PREPARAÇÃO: Desenhe na cartolina várias carinhas com expressões faciais que demonstrem sentimentos de tristeza, alegria, raiva, medo, susto etc. Deixe algumas em branco para nomear um sentimento que apareça no decorrer da brincadeira.
Convide a criança a apontar a que mais revela a maneira como ela se sente naquele momento e a explicar os motivos daquela sensação. Ela pode, por exemplo, estar com raiva do colega porque tirou um brinquedo da sua mão.

CAMINHADA SOLIDÁRIA
IDADE: De 1 ano e meio a 3 anos.
TEMPO: De 5 a 10 minutos.
ESPAÇO: Áreas livres ou outros espaços.
OBJETIVOS: Desenvolver a idéia de grupo e a tolerância.
Esta proposta pode ser aplicada sempre que as crianças tiverem de andar juntas, como da sala para o pátio. Quem quiser correr tem de se controlar. Quem for mais lento precisa se apressar. Se houver alguém com dificuldade de locomoção, o grupo todo terá de esperá-lo.

(ARTES VISUAIS) GRANDES TALENTOS

Nos primeiros anos de vida, as crianças estão imersas no universo das imagens. Começam a perceber que podem agir sobre papéis ou telas provocando mudanças e produzindo algo para ser visto – experiência que já é estética.
Oferecer diferentes materiais aos pequenos é uma maneira de ampliar a capacidade de expressão deles e o conhecimento que têm do mundo. A vivência artística da criança será mais rica se ela tiver acesso a tintas, pincéis, lápis e canetas.

PINTAR E DESPINTAR
IDADE: De 1 a 2 anos.
TEMPO: De 10 a 15 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades.
MATERIAL: Um vidro grosso (janela, porta de vidro ou outra superfície transparente, desde que bem fixa, para garantir segurança), tinta guache, rolinho, pincel, esponja ou as mãos.
OBJETIVOS: Explorar e reconhecer o corpo como produtor de marcas; perceber e reconhecer as características do vidro (transparência, dureza e frieza); e observar e perceber as transformações, movimentos, formas e cores por meio da luz que atravessa o vidro.
Antes de começar a pintura, estimule as crianças a observar a superfície e suas características (lisa, fria, transparente...). Brinque de fazer caretas do outro lado do vidro, de pôr a mão atrás dele para a criança tentar pegar e de amassar o rosto contra ele. Depois, as crianças podem espalhar a tinta e observar que onde está pintado não há mais transparência. Proponha que elas pintem com o dedo e observem que a transparência volta por onde o dedo passa. Forme uma roda de conversa para retomar as experiências vividas no processo.

MARCA REGISTRADA
IDADE: De 1 a 2 anos.
TEMPO: De 5 a 10 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades.
MATERIAL: Cartolina ou outro tipo de papel e sagu no sabor morango ou uva.
OBJETIVOS:Explorar os materiais (sagu e papel); perceber a marca pessoal; construir a auto-imagem; ordenar formas; e relacionar sensações corporais e registro gráfico.
Pinte com o sagu a palma das mãos das crianças para que elas a imprimam sobre o papel.
Você pode pintar a sua e fazer a demonstração. Não faça o trabalho por elas. Dê liberdade de movimentos aos pequenos, mesmo que não façam carimbos, mas pinturas livres (foto na pág. ao lado). Uma variação possível desta atividade é a pintura da sola dos pés, que pode ser feita com as crianças que já andam. Elas podem imprimir os pés enquanto caminham sobre um papel comprido. Chame a atenção para o fato de as marcas ficarem bem visíveis no início e irem desaparecendo à medida que a tinta é gasta.

RASGUE E COLE
IDADE: De 7 meses a 3 anos.
TEMPO:De 10 a 20 minutos.
ESPAÇO:Sala de atividades.
MATERIAL: Papel Kraft grande, cola de farinha, revistas e papéis variados (forminha de brigadeiro, embalagem de bala de coco, figurinhas etc.).
OBJETIVO:Perceber diferentes formas, cores e estruturas tridimensionais.
PREPARAÇÃO: Faça a cola: misture em uma panela 1 litro de água, 3 colheres de sopa de farinha de trigo e 1 colher de vinagre. Mexa até engrossar e deixe esfriar. Dê às crianças diversas revistas para recortarem sem tesoura.
Coloque sobre a mesa uma folha de papel Kraft já pincelada com cola de farinha em toda a área.
Deixe à disposição das crianças os vários tipos de papel e recortes de revistas para que elas colem no papel Kraft. Vale sobrepor imagens. Ao final, pode-se fazer um painel coletivo e expor o trabalho.

UM PINCEL MUITOS PAPÉIS
IDADE: De 2 a 3 anos.
TEMPO: De 15 a 30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades.
MATERIAL: Lápis de cor, giz de cera grande ou pincel grosso e vários tipos de suporte, como papel espelho, cartolina, papel cartão de cores diferentes, papel enrugado, papéis com recortes inusitados (com um furo no meio, por exemplo) ou, ainda, madeira, argila etc.
OBJETIVOS: Experimentar diferentes suportes gráficos; explorar várias possibilidades de registro gráfico; perceber diversas formas de expressão; e desenvolver habilidades motoras (dependendo do material, o ato de desenhar exige mais ou menos força, delicadeza para não rasgar etc.).
Com um mesmo pincel, lápis de cor ou giz de cera, as crianças desenham sobre papéis de diferentes cores, formas, tamanhos e texturas (e até sobre outros tipos de materiais, como a madeira). Elas vão perceber diferentes efeitos ou tonalidades de um lápis, por exemplo, quando usado sobre superfícies diversas.

(CUIDADOS E SEGURANÇA) CARINHO E ATENÇÃO

Cuidar e educar são ações que se complementam para promover um crescimento saudável. O desenvolvimento das crianças na Educação Infantil depende das oportunidades de aprendizagem oferecidas pelo mundo que as cerca. O momento do banho ou da alimentação pode ser tão rico quanto o de uma atividade de artes plásticas. Tudo depende de como é organizado.

FRALDA SEQUINHA

O tom de voz da pessoa que cuida regularmente do bebê e seu jeito de tocá-lo informam a ele sobre as relações humanas. Antes de levar a criança para o trocador, é bom dizer que vai trocar sua fralda para ajudá-la a ficar limpa, seca e confortável. Primeiro, coloque-a num bebê-conforto, com cinto de segurança, próximo a você, enquanto organiza o material necessário e lava as mãos. Forre o trocador com a toalha da criança e cubra-a com papel-toalha na região onde apoiará as nádegas, para evitar o contato com algum resíduo que possa contaminá-la. Sempre olhe em seus olhos e converse com ela durante a troca. Remova as roupas sujas e a fralda com cuidado para evitar que fezes e demais secreções respinguem e contaminem você e o ambiente. Dobre a fralda suja sobre si mesma e jogue-a no lixo, que deve ter tampa acionada por pedal e estar perto. Se o bebê estiver com resíduo de fezes, limpe sua pele com água morna corrente e sabonete líquido neutro. Se for apenas de urina, use chumaços de algodão embebido em água morna. Deposite o algodão usado no lixo, assim como as luvas – caso esteja usando. Lave as mãos da criança com sabonete e água corrente. Seque bem as dobras da pele e coloque a fralda limpa verificando se ficou confortável. Acomode a criança no bebê-conforto enquanto organiza o ambiente e a sacola da criança. Lave as mãos e retorne com ela para a sala

LONGE DO PERIGO

Há normas específicas para a construção e a adaptação de espaços de Educação Infantil, publicados tanto pelo Ministério da Saúde como pelo da Educação. Todos os materiais (brinquedos, mobiliários e utensílios) e as atividades devem seguir as normas de segurança biológica (sobre toxicidade e contaminação) e evitar acidentes. Manuais sobre o preparo da alimentação e a higiene do espaço e dos brinquedos, elaborados por profissionais habilitados, devem ser adotados. Nas creches, os acidentes mais graves – que podem ser fatais – são engasgos, aspiração de vômito ou de alimentos e quedas. As crianças podem também engolir pequenos objetos ou introduzi-los em orifícios do corpo. Há registros, ainda, de intoxicação com produtos de limpeza, assim como erro na hora da medicação. Toda creche deve ter um protocolo de como agir em caso de acidentes, saber a quem chamar e como remover a criança, se necessário. Todos os educadores devem ser treinados por profissionais habilitados, a cada seis meses, em técnicas de suporte básico de vida para crianças. Os pais precisam preencher uma ficha contendo informações sobre atendimento em situação de urgência e emergência, autorizando a remoção do filho e fornecendo o nome do serviço de saúde em que deseja que ele seja atendido.

HORA DE PAPAR

A alimentação na creche deve ser integrada à rotina de casa. Um local para as mães amamentarem é essencial. Como algumas trazem o leite materno para alimentar os bebês na sua ausência, é necessário saber armazená-lo, degelá-lo, aquecê-lo e oferecê-lo. Também é preciso conhecer o cardápio adequado para bebês que estão em aleitamento misto (leite materno e não materno) e saber preparar e servir papa de frutas ou de legumes ao bebê em processo de desmame. Seguir cuidados de higiene e segurança no preparo e na oferta dos alimentos evita graves riscos à saúde, como intoxicação alimentar. Tenha sempre em mente a necessidade de prevenir engasgos, aspiração de líquidos regurgitados e, caso esses acidentes ocorram, saber como socorrer as crianças. Alimentar os bebês requer atenção individualizada e segurança. Após os 6 meses, aqueles que ainda não se sentam sem apoio das mãos devem receber as papas em cadeirinhas tipo bebê-conforto. Os demais ficam em caldeirões colocados em semicírculos. Assim, você atende dois ou três ao mesmo tempo. Por volta dos 8 meses, as crianças podem receber uma colher para ir prendendo a pegar o alimento e levá-lo à boca – tudo bem se elas quiserem tocar a comida ou levá-la à boca com as mãos. Os pratos devem ser fundos, inquebráveis e lavados com água quente e detergente neutro. Crianças que já andam podem se sentar em cadeiras adequadas à sua altura e, pouco a pouco, aprender a servir-se, com a sua ajuda. Faz parte de a aprendizagem lavar as mãos antes das refeições e usar babador ou guardanapo.

(IDENTIDADE) QUEM SOU EU

A construção da identidade é gradativa e se dá por meio das interações sociais. Ora as crianças imitam o outro, ora diferenciam-se dele. Para ajudar os bebês nesse processo, você pode criar
situações nas quais eles se comuniquem e expressem desejos, desagrados, necessidades, preferências e vontades. Brincadeiras feitas em frente do espelho ajudam a criança a reconhecer suas características físicas. Já o desenvolvimento da auto-estima se dá conforme a criança incorpora a afeição que os outros têm por ela e a confiança da qual é alvo.

TODO MUNDO NA JANELINHA
IDADE: De 9 meses a 2 anos.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades.
MATERIAL: Cartolina, caneta hidrocor, cola e uma foto de cada criança.
OBJETIVO: Favorecer o reconhecimento da própria imagem e da dos colegas.
PREPARAÇÃO: Em uma cartolina, desenhe um trenzinho com o número de vagões correspondente à quantidade de crianças. Pendure o cartaz na parede da sala antes de elas chegarem. No dia da brincadeira, peça aos pais que mandem uma foto do filho ou da filha.
Peça aos pequenos que sentem em roda e coloquem a foto no meio do círculo. Aconchegue os bebês no grupo e converse com todos. Comente uma foto por vez. Mostre a imagem e diga: “Olha a Aninha!”, “Onde você estava?”, “Na praia, não é?”, “O seu biquíni era azul?”, “Quem já foi à praia?” Chame as crianças pelo nome, pois é muito comum na Educação Infantil o uso de apelidos.
Depois dos comentários, cole as fotos nos vagões e deixe elas apreciarem. Inclua uma foto sua também. O trenzinho fica na classe até as férias. Você vai perceber que, sempre que possível, as crianças vão chamar as pessoas que se aproximam da sala para ver as fotos.

PRODUZIDOS PARA O BAILE
IDADE: A partir de 2 anos.
TEMPO: 40 minutos.
ESPAÇO:Sala ampla.
MATERIAL: Espelho de corpo inteiro, aparelho de som, tecidos, fantasias e maquiagem (testada dermatologicamente, antialérgica e sem álcool).
OBJETIVO: Favorecer a construção da identidade com o uso do espelho.
Leve as crianças para uma sala que tenha um ou vários espelhos grandes para que todas consigam se ver ao mesmo tempo. Deixe as fantasias e os tecidos à disposição delas. Comece a atividade avisando que vai haver um grande baile e, por isso, elas precisam colocar uma roupa especial e se maquiar. Faça você a pintura no rosto das crianças ou peça ajuda a outro educador. Quando a turma estiver pronta, coloque músicas animadas e comece o baile. Depois que as crianças dançarem livremente, conduza a atividade sugerindo que façam caretas em frente do espelho, dobrem os joelhos, levantem os braços, expressem tristeza,
balancem a cabeça e movimentem os tecidos que seguram. Sugestão: maquie-se e fantasie-se você também para curtir junto.

CADÊ MINHA FOTO
IDADE: A partir de 1 ano e meio.
TEMPO: Uma hora.
ESPAÇO:Todos os espaços da escola e o tanque de areia.
MATERIAL: Fotos das crianças, cola e plástico adesivo.
OBJETIVO: Reconhecer a própria imagem e a dos colegas.
PREPARAÇÃO: Encape as fotos com o plástico adesivo para que não estraguem. Elas devem ser as que estavam no trenzinho, descrito na atividade Todo Mundo na Janelinha. Esconda-as no tanque de areia.
Quando as crianças entrarem na sala, comente: “Onde estão as fotos do painel? Sumiram! Alguém viu? Não? Vamos procurar?
Devem estar em algum lugar na escola...” Indique alguns espaços para elas procurarem as imagens, deixando o tanque de areia
por último. Se a foto encontrada não for a da própria criança, peça que ela a entregue ao dono. Quando todos estiverem com as próprias fotos, podem voltar para a sala e colá-las novamente no painel.

CADA UM É DO SEU JEITO
IDADE: 3 anos.
TEMPO: Uma hora.
ESPAÇO: Sala de atividades ou pátio.
MATERIAL:Papel Kraft, tesoura, canetas hidrocor e fita adesiva.
OBJETIVOS: Construir a imagem do próprio corpo e trabalhar a auto-estima.
Cada criança deita sobre uma folha de papel para que você possa desenhar a silhueta dela. Recorte o contorno, escreva o nome da
criança e entregue a ela para completar o desenho com olhos, mãos, joelhos etc. Nesse momento, incentive a criança a observar o próprio corpo. Não espere nada figurativo. Quando todos concluírem o trabalho, cole as silhuetas lado a lado na parede e estimule a observação: “Olha! A Iara é mais alta que o Pedro”. Converse bastante sobre as particularidades de cada uma. Esse diálogo contribui para a construção da auto-imagem e da auto-estima, pois a criança interioriza o afeto que você e os colegas têm por ela, expresso na conversa.

CAIXA DE SURPRESA
IDADE: A partir de 2 anos.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades ou pátio.
MATERIAL: Caixas de sapatos e espelhos pequenos protegidos por uma moldura resistente. Se não houver espelhos na escola, peça aos pais para providenciarem.
OBJETIVO: Brincar com a própria imagem.
PREPARAÇÃO: Peça aos pais que enviem uma caixa de sapatos enfeitada de casa. Antes de a atividade começar, cole o espelho no fundo de cada caixa.
Reúna as crianças em círculo e entregue a cada uma sua caixa. Primeiro, peça a elas que apenas segurem. Comente as diferenças entre elas.
Fale das cores, dos desenhos, se têm brilho... E avise: “Sempre que vocês abrirem a caixa encontrarão uma surpresa”. A primeira “surpresa” será a criança se ver dentro da caixa, refletida no espelho. Mantenha o espelho na caixa e, a partir da segunda vez, cada uma deve ter algo diferente, como maquiagem, escova de cabelo, saches ou outros objetos que façam parte do acervo da creche.

(INTERAÇÃO) AGIR E CONHECER

Até os 3 anos, a interação da criança com o ambiente se dá por meio da observação e da exploração do espaço, incluindo tudo o que está contido nele. Assim, para que ela adquira conhecimento por meio da ação, você pode planejar atividades que utilizem objetos variados, diversificando as possibilidades de interação também com o espaço e os colegas. Como a criança está aprendendo a falar, é fundamental conversar com ela durante as brincadeiras, mesmo que ela ainda não compreenda ou responda.


QUEM ESTÁ AQUI
IDADE: De 2 a 3 anos.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala com pouca luz.
MATERIAL: Lanternas pequenas.
OBJETIVOS: Descobrir o que há no espaço e olhar os colegas de outra maneira.
Entregue uma lanterna pequena e acesa para cada criança. Depois, leve-as a um espaço com luminosidade reduzida e sem móveis, para que não se machuquem. Ao chegar ao local, deixe que andem livremente pela sala, incentivando-as a explorar o ambiente. Uma idéia é procurar os colegas. Elas podem também iluminar partes do corpo do outro e tentar descobrir quem é.


HOJE É DIA DE NOVIDADE
IDADE: A partir de 4 meses.
TEMPO: Uma hora.
ESPAÇO: Sala de atividades.
MATERIAL: Caixa, objetos com diversas formas, texturas e tamanhos (caixinhas encapadas com papel ou tecido contendo areia, pedrinhas ou grãos variados), bexigas com um pouco de água dentro, pedaços de conduíte, rolos de papel-toalha pintados ou encapados, luvas cirúrgicas com talco, argolas, potes de filme fotográfico com miçangas, garrafas PET pequenas com pedaços de papel colorido, espelhinhos, chocalhos, tampas de vasilhas e saches.
Obs.: as caixas ou outros objetos que contêm miudezas devem estar bem vedados, para que o conteúdo não escape.
OBJETIVOS:Conhecer os objetos e formas de interagir.
PREPARAÇÃO: Espalhe almofadas pelo chão para a sala ficar aconchegante e coloque as crianças sentadas sobre elas. Os bebês também podem entrar na roda, acomodados em assentos próprios.
Inicie a brincadeira dizendo à turma que você trouxe uma caixa cheia de surpresas. Abra-a e tire de dentro
dela um objeto por vez, mostrando as várias possibilidades de manuseio, as cores e os desenhos. Essa mediação é fundamental para despertar o interesse da garotada: é observando e imitando sua ação que a criança vai ampliar o repertório de movimentos e criar variações. Quando isso acontecer, chame a atenção das demais para o novo jeito de brincar. Assim você continua estimulando a imitação. Explore ao máximo cada peça, sacudindo, jogando, empilhando, torcendo ou colocando próximo ao ouvido. Só depois entregue-a às crianças. Distribua todo o conteúdo da caixa e permita que elas troquem as peças entre si. Os bebês interagem pelo olhar, mas também podem brincar. Se eles ainda não conseguirem segurar os objetos, ajude-os. Essa atividade pode ser repetida várias vezes na semana, com os mesmos objetos ou outros novos que você trouxer. Guarde-os sempre limpos.

CANTINHO DE LEITURA
IDADE: A partir de 9 meses.
TEMPO: De 10 a 15 minutos por dia.
ESPAÇO: Sala de atividades.
MATERIAL: Tapete ou colchão, almofadas ou sofá em miniatura, bonecos de pano e fantoches de personagens familiares às crianças e vários livros.
OBJETIVOS: Interessar-se por histórias e explorar os livros.
A experiência de manusear livros desde os primeiros meses de vida colabora com o aprendizado da leitura.
Escutar histórias com regularidade também favorece a formação de melhores leitores e apreciadores do universo literário. Organize em sua sala um espaço de leitura que as crianças possam freqüentar e explorar, entrando em contato diariamente com livros, álbuns de imagens, fantoches e bonecos de pano.
Vale lembrar que esse espaço deve ser confortável, acolhedor e atrativo. Assim, as crianças se envolvem por um tempo maior com suas atividades. Os livros e demais materiais expostos precisam ser resistentes.
Se acontecer de algum ser rasgado ou amassado, conserte e ponha em uso novamente. Leia livros para o grupo. Por causa da idade, as crianças não ficarão sentadas em roda, como as mais velhas. O interesse de uma criança pequena por uma história lida pode ser percebido por reações de alegria ou tentativas de encenar a história. Observe esses sinais e incentive as crianças que os emitiram. Ao escolher as histórias para ler ou contar, opte por livros com ilustrações de qualidade. Não se preocupe com variedade, porque as crianças pequenas gostam de ouvir várias vezes a mesma história. Antes ou depois da leitura, lembre de dar um tempo para as crianças manusearem livremente os livros.

ARTE COM MINGAU
IDADE: De 8 meses a 1 ano e meio.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades ou pátio.
MATERIAL: Maisena, corante alimentar e água.
OBJETIVO: Interagir com o espaço.
PREPARAÇÃO: Em uma panela, dissolva uma colher de sopa de maisena para cada copo de água. A quantidade é de acordo com o número de crianças ou o tamanho do espaço onde a atividade será realizada. Coloque pitada de corante até a mistura ficar com a cor que você deseja. Leve-a ao fogo e mexa até que se transforme em um mingau. Deixe esfriar. Avise os pais para mandarem roupas velhas no dia da brincadeira.
Espalhe a mistura no chão da sala onde as crianças vão brincar. Deixe-as andar, engatinhar e rolar sobre o mingau, interagindo com o espaço. Atenção para que todos se divirtam e ninguém se machuque. Incentive as várias possibilidades de movimento.

(MOVIMENTO) MEU CORPO

Para a criança pequena, mover-se é muito mais do que mexer o corpo ou se deslocar. É uma forma de se comunicar. A aquisição de novas habilidades permite que ela atue de forma cada
vez mais independente no mundo. Essa autonomia só é conseguida com a confiança em si mesma e no ambiente. Por isso, é fundamental que a escola ofereça possibilidades de autoconhecimento e um espaço seguro e estimulante.

CORRIDA DE OBSTÁCULOS
IDADE: Até 3 anos.
TEMPO: De10 a 20 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades ou pátio.
MATERIAL: Colchonetes, tatames ou tapetes de EVA e obstáculos, como bancos, cordas, túneis, rampas etc.
OBJETIVO: Desenvolver a coordenação motora, noções de espaço, lateralidade, equilíbrio, deslocamento, esquema corporal, ritmo e atenção.
PREPARAÇÃO: Organize a sala forrando o chão com os colchonetes. Espalhe pelo ambiente alguns obstáculos.
Proponha às crianças diferentes movimentos: ajude-as a rolar com braços e pernas esticados, para a frente e para trás; sugira que engatinhem por baixo da mesa ou de uma corda amarrada a uma altura baixa, dentro de um túnel, em uma rampa, em diferentes direções e em ziguezague; dê uma força também para elas andarem de frente e de costas em cima de um banco ou sobre materiais
diversos, devagar e rápido, com passos de formiguinha e de gigante; incentive-as a trabalhar o impulso com pulos, saltos para a frente e para trás, livres ou sobre obstáculos.

CABANINHA TRANSPARENTE
IDADE: Até 3 anos.
TEMPO: De 30 a 50 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades ou parque.
MATERIAL: Tule com metragem suficiente para que as paredes da cabana cheguem até o chão ou várias tiras coloridas e compridas de papel celofane, bambolê, cola, tesoura, barbante, fita dupla face ou crepe e pequenos ganchos de metal no teto.
OBJETIVOS: Interagir com outras crianças e adultos; pesquisar diferentes sons e efeitos visuais com o uso de transparências, cores e texturas; ter controle motor e limites corporais em espaço pequeno; e se movimentar e se adequar a um espaço que muda de forma quando manipulado.
PREPARAÇÃO: Prenda pedaços grandes de tule ou tiras compridas de papel celofane em árvores, brinquedos de parque etc. Eles devem ir até o chão. Na sala, o tule ou celofane pode ser preso a pequenos ganchos no teto, com uma abertura central. Outra opção é amarrar tiras num bambolê, formando um círculo de caimento vertical com diversas aberturas por toda a circunferência. O tule é transparente e tem elasticidade e leveza, facilitando a manipulação das crianças sem a ajuda do adulto. Já o papel celofane produz um efeito visual de transformação das cores do ambiente e diferentes sons ao ser manipulado.
As crianças podem brincar livremente de esconder e aparecer, vendo o mundo de diferentes cores.

ESTA É LEVE, ESTA É PESADA
IDADE: De 7 meses a 3 anos.
TEMPO: De 15 minutos a uma hora.
ESPAÇO: Sala ampla, pátio com solo liso ou gramado.
MATERIAL: Várias caixas de papelão resistente de diferentes tamanhos, jornais, revistas, cola, tesoura, fita adesiva larga, fita crepe e plástico adesivo.
OBJETIVOS: Desenvolver a autonomia; pesquisar habilidades corporais; relacionar o corpo com o peso e o volume dos objetos; e desenvolver aspectos sociais, afetivos e cognitivos.
PREPARAÇÃO: Deixe algumas caixas vazias e encham outras com jornais. Fechem todas muito bem e decore-as com recortes de revistas ou fotos de bichos, brinquedos, objetos, meios de transporte, famílias, pessoas, situações de brincadeiras, de convívio social etc. A decoração deve ser feita de forma livre por você. Em alguns momentos, as imagens vão enriquecer suas aulas, quando o tema for bicho ou transporte, por exemplo. Encape as caixas com plástico adesivo para o material durar mais e para facilitar a limpeza.
Espalhe as caixas vazias e estimule as crianças a realizar diferentes atividades com elas, como carregar, empurrar, virar, rolar, empilhar etc. Com as mais pesadas, elas vão explorar outros movimentos: debruçar, subir, pular, equilibrar, saltar e virar.

COMO NA PRAIA
IDADE: De 1 a 3 anos.
TEMPO: De 15 a 30 minutos.
ESPAÇO:Tanque ou chão de areia.
MATERIAL: Roupas confortáveis, fôrmas de vários tamanhos e desenhos, baldinhos, pás, colheres, água e um aparelho de som.
OBJETIVOS: Estimular a coordenação motora e o equilíbrio; oferecer estímulos sensoriais; e desenvolver a autonomia e a socialização.
Permita que as crianças mexam com a areia livremente, apenas evitando que levem as mãos sujas à boca ou joguem areia nos olhos dos colegas. Ao mesmo tempo, estimule-as a perceber a textura da areia e as diferenças de toque quando ela está molhada ou seca. Isso possibilita novas experiências sensoriais. Questione se é mais fácil moldar quando ela está molhada ou seca. As crianças fazem desenhos e modelam a areia usando fôrmas e baldinhos, individualmente ou com a ajuda do colega. Elas podem também caminhar sobre a areia, experimentando como fica o equilíbrio numa superfície fofa. Outra opção é imprimir o formato das mãos ou dos pés, reconhecendo o próprio corpo (observando formas e tamanhos) na marca deixada. Depois, elas comparam as pegadas com os próprios pés. Enquanto a criançada anda no tanque, experimente colocar para tocar algumas músicas que falem sobre os pés.

(MÚSICA) DESCOBRIR SONS

Acriança consegue perceber sons e se expressar por meio deles desde os primeiros meses de vida.
Por desenvolver outras capacidades, como sensibilidade, intuição, reflexão, criatividade, coordenação motora, dicção e ritmo, é importante começar a educação musical desde o berçário. Você pode incentivar os pequenos a cantar, além de educá-los musicalmente ao brincar com a voz, explorando possibilidades diversas como imitar ruídos e os sons de animais, de trovão etc.
É essencial ter em mente que você atua como modelo e deve incentivar bons hábitos, como respirar tranqüilamente e manter-se relaxado e com boa postura, além de não gritar ou forçar a voz.

A NATUREZA FALA
IDADE: De 2 a 3 anos.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades, pátio ou jardim.
MATERIAL: Desenhos, recortes ou vídeos mostrando animais e cenas da natureza.
OBJETIVOS: Brincar com a voz e trabalhar as possibilidades de sons que podemos emitir; estimular a criatividade e a imaginação; e aumentar o repertório.
Com base nas imagens, faça perguntas como: “Que som faz esse animal?”, “Como é o barulho do trovão?” ou “Como esse pássaro canta?” e deixe as crianças brincarem livremente.

BRINCOS DE PARALENDAS
IDADE: De 6 meses a 3 anos.
TEMPO:30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades, pátio ou jardim.
MATERIAL: Letras de músicas, brincos e par lendas.
OBJETIVO: Se divertir com a música.
Parlendas são brincadeiras com rima e sem música. Brincos são geralmente cantados e envolvem movimentos corporais, como cavalinho ou balanço.
Exemplo de brinco: Serra, Serra, Serrador (Sente a criança em suas pernas, de frente para você e fique de mãos dadas com ela, fazendo movimentos de balanceio para a frente e para trás.)
Serra, serra, serrador/ Serra o papo do vovô / O vovô está cansado / Deixa a serra descansar
Exemplo de par lenda Lá em Cima do Piano (Pode ser usado para escolher quem vai começar uma brincadeira.)
Lá em cima do piano / Tem um copo de veneno / Quem bebeu morreu / O azar foi seu

QUE SOM É ESSE?
IDADE: De 6 meses a 2 anos.
TEMPO:30 minutos.
ESPAÇO:Sala de atividades.
MATERIAL: Objetos que emitam sons – chocalhos, sinos, matracas –, instrumentos musicais e brinquedos próprios para a idade.
OBJETIVO: Descobrir e produzir diferentes sons.
O bebê é estimulado a descobrir os sons que um objeto emite. Espalhe diversos brinquedos por perto da criança e estimule-a a descobrir cada som movimentando o objeto: tocando, apertando, chocando-o com outro (foto na pág. ao lado).
É importante estimular a pesquisa de possibilidades para produzir sons em vez de ensinar um único modo de tocar um instrumento, por exemplo.

NOSSO REPERTÓRIO
IDADE: De 6 meses a 3 anos.
TEMPO: 30 minutos.
ESPAÇO: Sala de atividades.
MATERIAL: Aparelho de som e fitas cassete ou CDs variados.
OBJETIVO: Estimular o contato com a música e aprender a ouvi-la.
A música deixa de ser trilha sonora ou pano de fundo de outras atividades e passa a ser o foco. Além de estimular o ouvir, mostre à criança como acompanhar o som – batendo palmas, por exemplo, ou até mesmo cantando. É importante que ela tenha contato com um repertório musical variado – de música clássica a ritmos regionais brasileiros. Se você souber, toque um instrumento musical e cante, estimulando a criança a prestar atenção aos