Olá, fico feliz quando você vem aqui.

Desenvolvo este blog para que as colegas possam aproveitar as atividades aqui contidas na sua prática pedagógica diária. Muitas são de minha autoria, outras tantas retirei no Grupo Professores Solidários, Internet e de outras fontes.

Atualmente, aproveito ótimas atividades que colegas postam no grupo "Educando e Aprendendo" que fundei juntamente com Flávia Cárias e Sheila Mendes, para ser mais um veículo de comunicação para quem se dedica à importante Arte de Educar.

Se alguém encontrar algo que seja seu, deixe um recadinho que faço questão de lhe atribuir os devidos créditos.

Beijão da Tia Paula

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Como introduzo a tabuada - Tia Paula

Quinta-feira, 24 de Março de 2011

Como trabalho a tabuada

Como iniciar o estudo das tabuadas? Ai, que sufoco!

É o que as professoras pensam e o que também pensei, lá longe, no antigamente.
Na época, o moderno era o “Método Natural” da Gilda Rizzo, Emilia Ferreiro era incipiente.

Bom, como todas, também tive dúvidas, mas eu e as colegas da escola onde lecionava em São Paulo, sentamos e criamos um jeito de tornar as coisas mais naturais e compreensíveis, menos agressivas, o relato que segue, de maneira rápida, mostra como trabalho o tema desde sempre e dá muito certo.

Não tenho pressa, começo com a tabuada do dois no início de abril e levo aproximadamente todo o mês só para ela, as seguintes vão mais depressa, e outra coisa, lembrando a idade dos pequenos, no 3º ano vou só até a do cinco, mas entrego-os muito bem preparados para darem continuidade no 4º ano às demais tabuadas.

1º passo - A nível oral.

Trabalho o significado da palavra “multiplicar” e “vezes” em Língua Portuguesa com busca ao dicionário e em exercícios variados para identificarem o sentido da repetição;

Em Ensino Religioso, trabalho a Parábola da Multiplicação dos Pães e Peixes (Mc 6, 30-44 = Lc. 9 10-17 = Jo 6 1-a 15) - Fazer a adequação da leitura para o nível de escolarização e melhor entendimento das crianças. Particularmente , gosto da linguagem do Evangelista Marcos, é mais fácil de transportá-la para os pequenos.

Faço a mesma coisa com a palavra vezes em LP e Ciências, busca em dicionário, pesquisa:

- Quantas vezes me alimento num dia?
- Quantas vezes escovo os dentes antes de ir à escola? E depois que volto de lá?
- Quantos banhos tomo em uma semana?

Durante a aula procuro situações para usar a palavra.
Batalho muito para tirar o som “veis”, friso bem a palavras vezes, ela é a chave, repetição.

Para esse trabalho reservo uma semana.

2º passo - Conceito de soma de parcelas iguais.

Na semana consecutiva trabalho adições com parcelas iguais faço-as até o 10, ficam maluquinhos com os cálculos enormes.

Monto o QVL com as casas da dezena e da unidade e as parcelas uma sobre a outra.

Questiono quantas vezes o número aparece em cada adição, brincamos e damos muita risada.

3º passo - A nível concreto

Explico a formação da tabuada do 2 com material concreto, usando papel craft, forminhas de doce grande (para queijadinha), feijões e cola.
Trabalhando na rodinha.

Nesse momento sem nomenclatura.

O número da frente (multiplicando) indica grupos e o número seguinte (multiplicador), indica a quantidade de elementos dentro do grupo.
Colamos para 2 x 1 duas forminhas com dois feijões em cada uma, na resposta colamos 4 feijões um ao lado do outro.

Assim vamos até o 10, sem usar nenhuma anotação grafada.
Deixo secar e penduro na parede o cartaz.

4º passo - A nível simbólico

Explico os sinais e desenhamos as sentenças matemáticas, para 2 x 1 (não uso ainda o sinal de igual a), ao lado desenhamos dois grupos com dois elementos em cada grupo.

Montamos a tabuada, sentença por sentença, sem o sinal de igual a e também sem o resultado, e, ao lado, desenhamos.

Ao lado do desenho escrevemos o resultado.
Faço muitos exercícios de desenhar a tabuada no caderno.

5º passo - Sistematização.

Na rodinha escrevemos a tabuada numa folha de craft, agora completa com números e sinais.

Colamos na parede para que possam consultar e a seguir no caderno.

Finalmente chegamos onde não tem mais jeito é decorar, mas com o uso e, sempre que possível, com consulta, não como no meu tempo de criança quando usávamos um livrinho com as tabuadas e a professora uma régua para dar na nossa cabeça quando errávamos o salteado.

Espero que ajude

Um comentário:

  1. parabéns,professora!
    Me ajudou bastante.
    Muito interessante a forma que a senhora associou este conteúdo que apesar de ser clássico,muitas professoras iniciantes tem muitadificuldade na didática.
    beijos

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