Olá, fico feliz quando você vem aqui.

Desenvolvo este blog para que as colegas possam aproveitar as atividades aqui contidas na sua prática pedagógica diária. Muitas são de minha autoria, outras tantas retirei no Grupo Professores Solidários, Internet e de outras fontes.

Atualmente, aproveito ótimas atividades que colegas postam no grupo "Educando e Aprendendo" que fundei juntamente com Flávia Cárias e Sheila Mendes, para ser mais um veículo de comunicação para quem se dedica à importante Arte de Educar.

Se alguém encontrar algo que seja seu, deixe um recadinho que faço questão de lhe atribuir os devidos créditos.

Beijão da Tia Paula

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Relatos Postado no Grupo Professores Solidários


O cão abandonado
                                                                       Bruna Pacheco

Um dia encontrei um cachorro abandonado numa rua alagada; o cachorro estava com fome.
Ele tinha apenas uma coleira com seu nome escrito. Eu iria procurar pelo dono quantos dias fosse necessário para o dono achar o seu cachorro.
Tirei umas fotos, fiz alguns cartazes, coloquei meu telefone para o dono ser achado. Passou-se um dia recebi uns telefonemas, mas nenhum deles era o dono do cão.
No outro dia não recebi nenhum telefonema, mas no outro dia veio uma pessoa a minha casa procurar um cachorro, falei que o seu nome era Tobi, mas infelizmente não era.
Não demorou muito e veio outra pessoa, mas antes de eu começar a falar o Tobi pulou encima dele e os dois foram embora.
Fiquei triste, mas logo me conformei e pensei em como existem animais abandonados. Então pensei mais um pouco e resolvi ir procurar outros cachorros para o dono achar. 


Relato de experiência vivida
Helena Silva

No dia 20 de julho, eu e minha amiga Helena fizemos uma festa de aniversário juntas. Nessa festa convidamos nossas amigas da escola e alguns meninos da nossa sala. O primeiro a chegar foi o Paulo, logo após chegaram as meninas. Elas vieram todas juntas com a Clara por volta das 15h10, o último menino a chegar foi o Diego e as últimas meninas a chegar foram a Maria Paula e a Miqueluzzi.
Na festa tinha cama elástica. Brincamos de volêi, esconde-esconde e policia e ladrão. Logo depois do parabéns nós comemos bolo, salgadinho, docinho, cachorro quente e algumas balas.
Perto de acabar a festa as meninas dançaram. No final nós ficamos todos na cama elástica conversando, alguns esperavam seus pais chegar.
Depois de arrumar todo o salão, ficamos pensando, eu e minha amiga, quantos preparativos foram necessários para uma só tarde: "anteninha", "marabu", gravata, lápis e óculos, além dos bolo, dos doces e dos salgadinhos.
Helena e eu abrimos nossos presente e adoramos todos.
Foi uma tarde inesquecível!

Bóia fria
Nádia L. B. da Rosa

Acordei cedo como sempre, lavei o rosto, amarrei o cabelo, peguei a marmita e corri ao escutar a buzina do caminhão que veio me buscar, como sempre faço de segunda a sábado. Torço para que o domingo chegue logo, para ficar em casa, dormir até mais tarde, balançar-me na rede até cansar.
 Ah, como é bom ficar em casa, fazer as coisas vagarosamente, olhar o rosto do meu filho, sentar e brincar com ele.Se o tempo colaborar podemos até tomar no rio. Todos os dias quando vou sair dou-lhe beijinhos de despedida fico com o coração apertado, pois sinto que vou deixá-lo só. Depois penso que ele não estará sozinho, minha mãe sempre o busca quando ele acorda.Ela prepara o café da manha para ele com aquele carinho especial de vó e o leva para sua casa. A tarde ele vai para creche e pode brincar com os amiguinhos. Gosto dessa creche, pois eles entendem que criança precisa brincar e não preocupasse em fazer trabalhinhos Passo o dia trabalhando na lavoura, faço de tudo, não podemos parar, temos que mostrar serviço o tempo todo. Hoje o dia foi longo, estava muito quente e tudo fica mais difícil quando se trabalha exposto ao sol.
Bibi! Ouço a buzina do caminhão nos chamando para voltar, que maravilha! Todos correm, mesmo estando exaustos, correm para encontrar um lugarzinho para sentar durante a viajem de volta. Sacolejando na carroceria do caminhão, lá vamos nós, finalmente para casa.
Um ônibus escolar passa por nós e alguns jovens gritam: _ Aí bando de miseráveis analfabetos! Pensei, que é exatamente como me sinto: miserável. Faço um trabalho que ninguém valoriza, sei que meu trabalho é importante e necessário, mas isso não importa agora, não quero mais esta vida para mim.
Essa vida de bóia fria é dura e cruel, trabalhamos de sol a sol, ganhamos pouco, não temos nenhuma estabilidade, é um trabalho temporário, somos contratados para trabalhar na lavoura no período de safra, depois disso estamos sem emprego e nos sujeitamos a fazer o que aparecer para termos comida em casa. Preciso procurar outro emprego, afinal este foi o primeiro que apareceu e como ele consome todas horas de meu dia, não sobra tempo nem ânimo para procurar algo melhor.
Amanhã não vou trabalhar, procurarei outro emprego . Na manhã seguinte acordei mais tarde, escutei o caminhão passar, virei para o lado e continuei dormindo. Minutos depois acordei assustada, pareceu que havia passado horas, que nada, foram só alguns minutos. Antes de pegar no sono novamente achei melhor pular da cama , tomar banho e ir a procura de um emprego melhor...
Alguns dias se passaram até eu encontrar um emprego bom. Fui contratada por um pequena empresa que assinará minha carteira e terei todos os direitos garantidos: décimo terceiro, férias, abono família...
Estou muito feliz, pois agora posso ter uma vida mais tranqüila, trabalho oito horas por dia, posso buscar meu filho na creche no final do tarde e tenho a possibilidade de estudar a noite, pois este novo emprego não me cansa tanto e chego ao final do dia com muita disposição. Este novo emprego me fez sentir valorizada enquanto cidadã, pois agora tenho todos os direitos trabalhistas garantidos, posso estudar, tenho tempo para o lazer nos finais de semana.
                                                                                                    

MARCAS DA INFÂNCIA     
                                                       Ana Maria da Silva Mesquita

         Parece muito simples aprender a escrever, não é mesmo? Mas nem tudo é realmente como parece ou como gostaríamos que fosse. Só o fato de escrever a palavra “simples”, me leva de volta ao início de minhas atividades na escola. Lembro, como se fosse hoje, quando entrei na sala de aula e pousei meus olhos naquela senhora alta e magra com uma grande régua de madeira em uma das mãos. Senti um grande arrepio, pois ela fixou os olhos em mim e mandou que me sentasse na primeira fila com uma voz bastante rude.
A sala não era muito grande e a turma se resumia a doze alunos no máximo. Ficamos todos ali sentados, completamente estáticos, pois todos comentavam que ela era muito má. Tive a certeza de sua maldade quando peguei, pela primeira vez, em sala de aula, meu lápis para executar uma tarefa imposta por ela: fazer um desenho. Sem que eu pudesse perceber levei uma regüada bem forte em cima de meus pequenos dedos, pois segundo ela, eu havia utilizado o lápis com a mão errada: a esquerda. Lembro que chorei muito, mas não desisti.
No dia seguinte meu pai foi até a escola reclamar com a diretora e, em seguida, na antiga Delegacia de Ensino, resultando na exclusão desta tão odiada professora do quadro de funcionários da escola e da vida de todos os alunos que temiam suas maldades. A partir daí, só tive alegrias! Minha nova professora se chamava Maria Amélia e era uma pessoa encantadora: tinha longos cabelos louros e o par de olhos mais azuis que eu vira. Sempre muito carinhosa, nos aguardava na entrada do portão da escola com largo sorriso nos lábios que iluminava todo o seu rosto. Agachava-se para cada um de nós e nos retribuía o beijo dado com muita afeição. Eu podia sentir através daquele beijo o carinho e a sinceridade dela! Agora eu me sentia em casa, pois o medo que outrora me fazia pensar em não ir à escola, havia sumido e a cada dia que passava não via a hora de ir novamente para a escola. Todos os dias, a aula era iniciada com uma pequena oração de agradecimento por tudo o que havíamos realizado e, eu sempre incluía na minha um agradecimento especial pelo fato de merecer o seu carinho e atenção. Seus ensinamentos foram tão importantes para mim. Quando começou a nos ensinar as vogais, o fazia de uma forma tão gostosa que fiz uso do mesmo método para ensinar minha sobrinha: grandes cartazes coloridos com as letras decoradas exemplificadas com bichos e frutas. Para mim, era prazeroso ir pra aula, pois sabia que ela estaria lá, a minha espera! No início, ficavam impressos no papel alguns garranchos que nem mesmo eu decifrava, mas a professora era tão maravilhosa que quando dei por mim estava escrevendo!
Hoje, recordo com carinho das palavras incentivadoras daquela mulher simpática e carinhosa. A maneira como ela conduzia suas aulas era tão acolhedora que, quando a aula chegava ao final, todos, sem exceção, ficavam ansiosos pelo dia seguinte. Foi tão fácil aprender a escrever, que hoje não recordo quando isso aconteceu e graças a profe. Maria Amélia, como a chamávamos, ficou gravado em minha memória para sempre!    

Fé de criança
Márcia Maria Reis Pereira Borim

Sempre fui uma criança muito medrosa, tinha medo de tudo: de fantasmas, de bandidos de ladrões, de estranhos e de bichos, principalmente de sapos. Meus irmãos aproveitavam dos meus medos e não perdiam nenhuma oportunidade de dar sustos em mim.  No meio da noite, muitas vezes, meu pai saía de sua cama e deixava que eu fosse dormir no seu lugar com minha mãe.
À medida que eu crescia o medo foi diminuindo, mas quando à noite por qualquer motivo eu não conseguia controlar o medo, rezava  e pedia à Deus que não saísse de perto de mim. Sabe o que eu fazia para garantir que Deus não saísse do meu lado? Inicia as orações, rezava e não concluía, ou seja, não finalizava com o sinal da cruz, porque no meu pensamento puro e confiante de criança Deus não poderia sair de perto de mim, pois eu não havia me despedido Dele. Então, quando por qualquer motivo eu acordava assustada, com algum barulho ou pesadelo, eu rapidamente continuava a rezar e assim tinha a certeza que Deus me protegeria de tudo porque estava ao meu lado, juntinho de mim o tempo todo.
Hoje não tenho mais tanto medo de tudo, até acho graça quando me lembro dos sustos que tomava em dias de chuva, mas ainda tenho medo de sapos, pererecas, rãs e outros pequenos animais que não nos fazem mal algum, mas nos assustam com seus pulinhos rápidos e certeiros. 

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